Psicodelia Plena & Conexão Cósmica
by 24 de February de 2015já faz algum tempo que vivo em estado de psicodelia plena e alta conexão cósmica.
Basta não parar de ler, emendar livro em livro sem respiro, caminhar, passar o dia, sonhar e viver a noite, sons e cores das cidades, sexo, amor, carinho, pássaros, barulhos, matas, buzinas, pessoas, gritos, cinemas, músicas, passos, barulhos de copos, talheres, a água batendo no corpo, batendo na louça … fogo.
Para psicodelizar bastar entrar e sair dos portais sem sequer precisar tomar um trago. Basta o respeito a existência.
Viver com os seus interiores, dar voz para cada um deles, entender que somos uma floresta de entidades é o caminho para conhecer o universo infinito que existe dentro de cada um e que se conecta com o universo cósmico, das estrelas, dos planetas, das galáxias, da espiritualidade, da natureza … das pessoas.
Ando pela cidade atualmente como se fazia no passado.
Distâncias longas: 10km, 15km, 20km diários. Semanas de 80km na botina. Quem tiver de sapato não pode sobrar.
Nessas caminhadas intercalo música nos ouvidos, água na moringa e o simples sons dos passos. Pura Psicodelia. Psicanálise natural.
Uma hora caminhando. Endorfina liberada. Festas, epifanias, encontros, discussões, soluções e problemas solucionados pelas entidades interiores. Faz sempre muito bem. Coloco a cachola numa desordem cada vez mais libertaria, que me faz viver personagens que estavam hibernados. De outros tempos, templos e existências.
Em casa, em terra firme, mente clara, objetiva. Um banho frio. Corpo pleno. Tempo necessário na rede para resolver tudo. Me sobra mais tempo para me alimentar dessa piscodelia plena e que faz muito bem.
Tempo necessário na rede para resolver tudo. Me sobra mais tempo para me alimentar dessa piscodelia plena e que faz muito bem
Viver interdimensionalmente tem suas cores, sabores, seus desvios e perigos.
Vale entender o quanto você pode pisar e mergulhar nesses novos mares invisíveis.
Caravelas virtuais. Pássaros e cantos em abundância. Seres humanos na gaiola.
É preciso estar atento e forte.
[embedplusvideo height=”350″ width=”450″ editlink=”http://bit.ly/1LzIZSd” standard=”http://www.youtube.com/v/NdF8W-fURrY?fs=1″ vars=”ytid=NdF8W-fURrY&width=450&height=350&start=&stop=&rs=w&hd=0&autoplay=0&react=1&chapters=¬es=” id=”ep7451″ /]
Ormando Zion
Mahasiddha no Asfalto
Eres de todos os becos
O esgoto e o lixo sob os pés
A mente imaculada pela luz e substância
Mostra entre os ébrios caminhos além do fundo
Reside no delírio com máxima lucidez
Ó bondoso anjo, como é belo tridente
Olhar quente, Sangue frio, Corpo compassivo
Tens a companhia das estrelas e do vinho
Tem coração louco que bomba sabedoria
É semelhante para fins didáticos,
ou a boêmia auxilia teu ensino?
Tanto importa quanto um bar fechado
uma mesa vazia e um copo vasto
Adentre os desejos e aparências
No olho do furacão desate nós
Esteja onde estiver, esteja lá, aqui, agora
Os ratos que tem mães e leoas solteironas
São parte e caminho fora e dentro
O asfalto é amigo e os pés são a escola