Dias de Sol Azul e Vento Frio

19 de novembro de 2014

Não é sempre que em pleno mês de novembro, você tem um daqueles dias lindos de sol azul com vento frio. Tive a sorte de acordar bem cedo num desses incríveis dias com temperatura amena. Aproveitei o clima para fazer uma power caminhada a pé. Do bairro da Pompéia até Santa Cecília. Fiz o caminho mais longo de todos.

Coloquei o disco “Pop Brega Brasil” do mister Roberto Villar no Ipod e segui meu caminho. Começa a canção: “Minha vida é viajar pelo Brasil … conhecer o meu país … foi tudo que eu sempre quis … lá pras bocas do Amazonas … estive lá e adorei … em Parintins na festa do Boi eu me encantei … do Amapá em vim pro Marajó e eu fiz essa canção … Belém do Pará lá deixei meu coração”!

Subi a rua Guiará cruzei a Av. Pompéia e cai na Afonso Bovero, segui nela até virar a Doutor Arnaldo e peguei a Oscar Freire pra poder caminhar mais tempo pela city. É um orgasmo receber a benção do vento frio … a sombra das árvores e o sol no rosto … vou caminhando, cantando e seguindo no álbum do Villar.

Torço pra encontrar o mestre e entidade urbana Guilhermoso Wild Chicken no caminho. Desta vez não tive sorte. Desço pela Oscar Freire. Cruzo a Rebouças e subo a famigerada Augusta. Dez e meia da matina. Sol no rosto. Passo em frente a loja Sensorial e vejo o Lucio arrumando as cervejas importadas na vitrine … dou bom dia e boa semana e sigo meu caminho. Sinto uma vontade incrível de tomar uma daquelas cervejinhas … mas vade retro que agora eu tô de love com a cidade.

Chego na Paulista e só então sinto a força bruta do Sol. É um dos lugares mais quentes de sampa. Racha a moringa. Sempre que chego lá rola uma energia muito louca. Atravesso a avenida e pego a Bela Cintra. Passo pelo Sujinho e tenho a sorte de cruzar a Consolação com sinal aberto para os pedestres.

Descer a Av. Angélica é sussa sussinha sussê sassai. Termina o disco “Pop Brega Brasil” e coloco o disco debut do Papudinho chamado “Ator Principal”. Estou lá entretido com a música e os pensamentos quando um senhor encostado num muro me chama, ele está de bengala e diz se eu posso ajudá-lo a ir até o ponto de ônibus do outro lado Avenida.

Tiro o fone de ouvido e vamos conversando. Seu nome é Cosme, mas ele me diz que mudou pra “Cosmos”, que é um nome universal, digo pra ele que ando totalmente conectado com ele , “O Cosmos” e também com “Cosme e Damião”. Ele ri. Vira papo louco dos bons. Ele me diz que é o Cosmos mesmo, o senhor do universo. Quando chegamos no ponto …passa seu ônibus e ele sobe … sincronicidade Junguiana? Nos despedimos.

Passo na Buenos Aires pra beber água … fui imprudente de sair da casa da minha namorada sem uma garrafinha de água sequer. Lá encontro um parceiro que vive por lá … deixo 5 pilas do Banco do Canga.

Passo no supermercado … no carrinho: Orgânicos, azeitonas e maçãs.

Chego em casa perto do meio dia. Uma hora e cinquenta de caminhada e quase 10 km a pé pela cidade. Espero pegar mais uns dias assim até o fim do ano. Vento gelado na corpo. Sol ameno. Vamo Vivê né Mister Guilhermoso Wild Chicken.

Roberto Villar

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