Ao meu amigo Gustavo Galo!

17 de março de 2014

Continuo aqui no interior. Ao som do Neil Young e seu fantástico álbum “Haverst Moon”, exatamente numa das minhas canções favoritas “One These Days”. Bem quando entra o solo de gaita. Que canção sublime. Que canção divina. Muito obrigado mister Young.
A primeira vez que eu vi o Gustavo Galo foi chegando pra ensaiar com o Cérebro Eletrônico no saudoso estúdio do Guaraná. Dentro do estúdio uma banda imensa estava ensaiando, mó galera. O Galito com sua cabeleira me chamou atenção, pinta de vocalista. As bandas se cumprimentavam e tals, mas a gente ainda não sacava muito o som do outro. E quase sempre quando tinha ensaio do Cérebro Eletrônico no estúdio do Flavinho Guaraná, ou a Trupe estava ensaiando antes, ou eles chegavam pra ensaiar depois da gente. Eu já estava muito curioso pra ver um show deles, e já tinha curtido algumas coisas que tinha visto pelo Youtube.
Matei minha curiosidade quando fui convidado pra discotecar na festa de encerramento do Festival de Curtas em 2008. Fim de Agosto. Mês do cachorro louco. E lá estava a Trupe Chá de Boldo se apresentando na mesma festa. Fiquei encantando com a banda. Com a performance. Com as composições. Pirei na turma. É quando você sabe que está diante de uma coisa que vai trazer muitas alegrias pro mundo. Vibe boa. Coisa rara.
Quando o show terminou  voltei a discotecar e o Galo veio falar comigo. Conversamos rapidamente e trocamos discos. Deixei com ele uma cópia do recém lançado “Pareço Moderno” e ele me deixou o Ep “tudo isso mais um disco voador”.
Dai pra gente começar a se encontrar direto foi um pulo. Eu me identifiquei demais com a galera toda. Fizemos carnavais. Muitos Pré-Carnavais. Tocamos juntos muitas vezes. Viajamos. Muitas festas. Muitos encontros. Muita inspiração para a vida e para a música. Jamais me esquecerei da primeira vez que pisei na Enseada da Baleia e passei uns par de dias lá com o Galo e boa parte da Trupe.
Comecei a discotecar em diversos shows da Trupe que acabou gravando no álbum “Nave Manha” uma versão belíssima para a canção “Mar Morro”, composição que divido com Fernando Maranho e está presente no já citado “Pareço Moderno”. Eles também eternizaram “Desquite” nos shows. Pra mim uma imensa e eterna honra.
Fiquei fã do Galo assim que nos conhecemos. Foi daqueles encontros intergalácticos. Movido a admiração. Respeito. Música. Alegria. Biritagem. Parceria. Cinema Nacional. Curvisses e tals. Aprendo o tempo inteiro com o amigo Galito. Ele é pura música. Sempre com um papel, um livro, um guardanapo e uma caneta na mão. Capturando palavras o tempo inteiro. Dando vida a poesia. A rima. Sempre cercado de pessoas iluminadas. Malucas e como ele mesmo diz, de “Curvas”.
Abrindo um espaço no texto para um recado ao Galo : – Galito, tenho guardado algumas dessas rimas capturadas por sua caneta … coloquei melodia em algumas,  r e claro, vou te mostrar logo mais”… mas isso será assunto para o próximo capítulo.

Mister Gustavo Galo


O Galo mora na “Casa Brasamora”, mora!? Que é simplesmente a sede dos “Curvas”, lá ele divide a estrada com os sensacionais Carlos Conte, Gustavo Cabelo, Peri Pane e Daniel Viana. A Brasa também já foi morada dos incríveis Felipe Botelho e Lia. Eles tem um cachorro que chama “Rock”. Tem uma gatinha que sumiu durante alguns meses e voltou com uma ninhada. Lá na Brasa tem domingo que tem “Sarau”, tem domingo que tem show. Já tive o prazer de ver a Lucinha Turnbull tocando com o Tonho Penhasco. Já vi show do Alzira E. Já dei canja lá também algumas vezes. A última apresentação que rolou lá foi do incrível Negro Leo, essa infelizmente eu perdi. A Brasamora é Foda!
Quando o Galo me convidou pra participar da produção do seu primeiro disco ao lado do Gustavo Ruiz, confesso que senti um frio na barriga. Aquele frio bom. Aquele frio que motiva, que empolga. E foi assim que tudo rolou, com muita empolgação, carinho e dedicação de todos os envolvidos.
Trabalhar com o Gustavo Ruiz, foi uma grande alegria. Conheci o Gusta no final do ano 2000 quando ele começou a tocar com a Dona Zica, vi alguns show da banda e firmamos amizade mesmo quando a gente voltou juntos de bus do antigo “Palace” pós show do Tom Zé. Nesse dia eu também conheci a Tulipa que tinha acabado de mudar pra sampa. Fim do ano 2000. Foi atráves do Gustavo que eu conheci o Dudu Tsuda no começo de 2001 e acabamos tocando juntos em duas bandas: “Chill Out Company” e “Luz de Caroline”. Muitas viagens, muitas histórias pra contar.
Fizemos a pré produção do disco “Asa” no Teatro Rural no interior de Bragança Paulista, espaço incrível do nosso amigo Carlos  Buscavida Oliveira. O mister Galo montou uma seleção de curvas para a banda: Zé Pi, Meno Del Picchia, Tomas Oliveira, Pedro Gongom e Peri Pane, também passaram por lá a Nina Cavalcanti que fez o making of  e Katia Cesana, produtora executiva do disco. Gravamos no fabuloso estúdio “Submarino Fantástico”. Capturando toda a loucura na sala de controle lá estava o parceiro Otavio Carvalho, nosso querido “Otaman”.
Tudo foi feito de maneira muito tranquila, muito suave. Loucura quando era pra ser loucura. Curva quando era pra ser Curva. Serenidade nas horas certas.
Todos os momentos no Submarino Fantásticos são inesquecíveis. As participações de Alzira E e Maurício Pereira em “tomara”, parceria do Galo com o arrudA. Luiz Chagas e sua guitarra mágica em “seresta. Lucinha Turnbull em “um garoto”. Flávio Guaraná e seu take one de Pandeirola em  “Seresta”. Lirinha em “nosso amor é uma droga”. Juliana Perdigão e Ava Rocha em “Asa” e Maico Lopes, que enviou do Rio o trompete da bela e emocionante versão que Galo fez para a canção “cama”. Marcelo Segreto, da banda Filarmônica e Pasárgada é parceiro de Galo em “Cantei, Cantei”.
O disco foi lançado recentemente e o melhor, pode ser baixado gratuitamente no site do próprio Gustavo Galo http://www.gustavogalo.com
 
Segue o Minidoc sobre o disco  feito pela querida Nina Cavalcanti
 
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Seguem meus micros vídeos feitos durante o mesmo período
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A vida é curva!

0 Comments

  • Ana Clara

    Tatá
    que presente aos olhos e ao coração ler todas estas linhas! Tocada por cada palavra infestada de sentimentos! Sempre quando os vejo faço alusão a ‘tampa da panela’ mas no sentido musical; combinam tanto que é tão natural chamá-lo ao palco quando você está ali de espectador…ou quando é você no palco o nome do Galo sem lembrado uma, duas ou quinhentas vezes.
    E um presente à nós, que podemos assistir todo espetáculo da vida de vocês.
    Vida longa!

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