Ao amigo Juliano Gauche

6 de September de 2013

 
Ao amigo Juliano Gauche
Janeiro de 2010. Quando voltei de viagem para São Paulo tinha uma correspondência de Vitória-ES. Era da jornalista capixaba Sandra Aguiar e continha dois exemplares do disco Hoje Não!, do cantor de compositor Juliano Gauche. É o álbum, que tem produção musical do João Moraes onde ele interpreta canções do Sérgio Sampaio acompanhado do Duo Zebedeu. No bilhete-carta que a Sandra escreveu falando um pouco do disco de do Juliano ela disse pra eu escutar com atenção a versão que eles tinham feito para “Filme de Terror”.
Coloquei o disco pra rolar na mesma hora, era madrugada e passei boa parte dela escutando o disco. “Hoje Não!” é o nome da única canção inédita nesse disco, era uma das que eu assistia no youtube e me emocionava. Uma das últimas composições do Sampaio. http://www.youtube.com/watch?v=s4YvJzRmMcg
Meses depois.  Creio que março. Corta para uma quinta-feira no Studio SP. Show do projeto “3 na massa”. Eu estava discotecando quando um rapaz se apresentou. Bicho, tudo bem? Eu Sou o Juliano Gauche. Na mesma hora eu abracei ele como se fosse um amigo, porque eu já tinha escutado muito ele no disco “Hoje Não!”, já era fã. Ele me apresentou sua esposa, Silvana, e disse que tinham acabado de mudar pra São Paulo. Na mesma noite trocamos bons papos e na sequência marcamos de assistir uns shows pela city e eles foram conhecendo a galera daqui de sampa: Odegrau do mister Peri Pane, Guilhermoso Wild Chicken, Trupe Chá de Boldo, Paulo César Carvalho, Pélico. Ele me apresentou pessoas muito queridas, Barone, Wylmar e Douglas Man.
Na casa do Carvalho, rolaram rodas de violões antológicas, nas festas que mais pareciam “Raves de Violão na Casa do Carvalho”. Horas e horas de música, papos e biritas de todas as formas e qualidades.
Naturalmente ficamos amigos, parceiros de idéias, principalmente música, literatura, filosofia. Bons papos sobre Sérgio Sampaio, sobre Raul Seixas, sobre o rock n roll.
Certa vez fui convidado para participar de um show com a banda  Solana que o Juliano faz parte. Esse show rolou em 2011 em Vitória-ES no teatro. Fiquei encantado com a cidade e com a galera de lá. Também pude conhecer melhor figuras incríveis como o João Moares e o Gustavo Macaco.
Em 2012, voltei com o Juliano Gauche pra Vitória onde tive a honra de participar com ele de um show antológico na “Estação Porto” cantando o disco “Eu Quero Botar Meu Bloco Na Rua”. Pude conhecer a Mara Moraes, irmã do Sampaio, figura incrível. E no dia seguinte junto com João Moares, Penha, Serafa, Julinho e Gustavo Macaco fomos para Cachoeiro do Itapemirim e fizemos o show do Sampaio acústico.
Enfim, escrevi isso tudo pra dizer que sou muito grato ao Juliano por ter conhecido a cidade que  o mestre Sampaio nasceu. Pra mim foi um dos dias mais emocionantes da minha vida. E tudo o que aconteceu naquele fim de semana, foi astral demais. Foram dias transcendentais.
Fiquei muito feliz quando recebi o convite para produzir o disco do Gauche junto com o Junior Boca! Foi uma responsa imensa pelo fato de admirá-lo e me inspirar muito com suas canções e sua forma única de cantar. Juliano é grande cantor, compositor e intérprete.
Antes de entrar em estúdio pra gravar de fato, fizemos alguns encontros com o Junior Boca. Escutamos as canções, trocamos muitas idéias de todos os tipos e categorias, noites de bons sons e bons papos.
Só então fomos pro Submarino Fantástico, estúdio do Otavio Carvalho e Ingo André. O escrete que tocou nesse disco é fino: Gauche, Junior Boca, Gustavo Souza, João Leão, Meno Del Picchia, Daniel Lima, Ingo André, Otavio Carvalho e as participações sempre memoráveis de Peri Pane e Gustavo Galo e para finalizar uma aparição relâmpago de Diogo Luiz no coral zombeteiro da canção “como a falta de ar”.
Tudo rolou como tinha que rolar. Trabalhar com o Junior Boca é massa demais, sempre um aprendizado e tanto pra mim. Eu saia do Submarino sempre com as baterias recarregadas, sempre inspirado.
Os arranjos foram todos concebidos no estúdio. Eles nasceram naturalmente, tudo no lugar. Quando voltava pra casa e escutava os bounces, ficava tranquilo, estava tudo muito certo dentro daquela loucura toda, porque sim, também tem muita loucura e devaneio em todo o processo, mas tudo com um só objetivo: Canções.
Escutar canções como: “contando os dias”, “além de todo gesto”, “ao revolver” e “isso”, me levam para lugares oníricos, inquietos, distantes, mágicos. É puro ato quântico da canção com toda sua beleza. Além de participar de todo o processo do álbum, recebi um grande presente com a gravação de “sérgio sampaio volta”, não tenho palavras para me expressar, sobram os sentimentos, só tenho mesmo que agradecer. Muito.
O disco foi mixado e masterizado pelo Fernando Sanches no Estúdio no El Rocha, o encarte o site que fez foi o amigo Binho Miranda. www.julianogauche.com . A produção executiva é da querida Silvana Ramalhete.
O álbum também pode ser baixado no site da Musicoteca : http://www.amusicoteca.com.br
Hoje! Sexta-feira, dia 06 de Setembro, 21h. Tem o show de lançamento no SESC Belenzinho com o todo mundo que participou e tocou no disco mais a presença luxuosa do Guri Assis Brasil que entrou pra banda pra tocar guitarra ao lado de Junior Boca.
 
Viva a música!
 

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