Ao meu amigo Mister Oz. Meu amigo pássaro!

24 de April de 2014

Botei mister Neil Young e seu fabuloso álbum “Harvest Moon” de 1992.  O lago abre um sorriso bem em frente a minha máquina registradora de memórias. Estou despachando do interior. Árvores dão abrigo as minhas idéias. Os pássaros aninharam para mais uma noite. Os grilos e os morcegos cintilam misturados a canção “From Hank to Hendrix” e vou me perdendo  nos pensamentos.
E que lugar bom pra se perder. Pensamentos. Divagações. Dai que geralmente chegam as minhas canções. Basta divagar. Basta se deixar levar. Basta andar com o corpo ou com a cabeça.
Voltei no tempo. Mas não muito. Mais ou menos um ano. É sábado. É um sábado tranquilo. Na sala de casa. Mister Ozório. Mister Oz. Amigo de tantos carnavais que veio via email através de outro grande amigo, Michel Nath. Nessa night conversamos pra dedéu. Divagamos pra Dedéu. Se não falhe a memória. Nesse dia. Lucca e Binho Miranda apareceram por lá e rapidamente desapareceram como um passe de mágica. Talvez sim. Talvez não. Mas o que importa mesmo é que bebemos, escutamos muitos sons e papeamos filosofia das boas.
Eu e Oz. Revezando entre papos e audições sonoras. Tyronossaurus Rex, Neil Young, Stones e outros sons do mato. Entre tragos e fumaça. Chegou a derradeira hora de partirmos para as violas. Dois violões. Um de nylon. Outro de aço. Pressenti que vinha música. Pressenti que estávamos totalmente a mercê do universo. Deixei filmando. Simples acordes. Duas notas. Duas violas. A melodia veio. A canção nasceu. A intimidade entre misteres estava ali. Captada da maneira mais simples. Na semana seguinte gravamos essa mesma canção no estúdio Submarino Fantástico pro filme  da Caru Alves intitulado “De Menor”.
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São esses momentos que valem a eternidade e a vivência. A amizade pura e simples. A cumplicidade. O deixar o tempo passar. Ser levado. Levar. Se deixar levar. Sábado mágico.
Aqui na varanda os sons dos grilos soam como uma bailado mitológico. É época das lagartas coqueirais também. Elas andam por todas as partes procurando um lugar pra se instalar …  virar casulo para enfim … virar borboleta.
Acabo de resgatar na sala uma libélula perdida. Depois de quase dez minutos consegui que ela viesse cair numa rede improvisada. Lá fora com certeza ela terá mais chances e segurança. Lá fora muitas vezes é bem melhor do que ficar aqui dentro.
Para esse ano aguardo com muito carinho o álbum do mister Oz … e como a vida não para … o mike não para e vocês também … semana passada … assisti o show do Ozório Club Trio na Casa do Mancha … foi tão inspirador que liguei pra minha namorada e disse: – “Prepare uns cenários porque hoje vamos compor músicas e fazer um filme” …  compomos um filme com músicas novas … e em breve mostro pra vocês! Porque tudo que transcende é existido a base de amor e amizade.
Viva a música!

0 Comments

  • Michel

    Divagando de Vagar! Isso ai TaT’a!

  • Ozorio

    Deixei este remédio guardado para tomar só agora que precisei. Pois ontem divaguei por 14h pela cidade. Sem interrupções no movimento divagação. Uma ou outra curta pausa, mas 14h tentando me remediar, ao menos naturalmente, pela divagação. Ainda hoje demorei para voltar as idéias no lugar, mas aos poucos me encaixei. Termino o dia aqui e o remédio foi justamente divagar.
    Obrigado mister.

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